Faz tempo que nada produzimos... mas, por incentivo de pessoas queridas, abre uma nova frente com o podcast DEBATECO, um balcão de bar pra se conversar sobre os mais diversos assuntos, importantes ou ninharias, sempre com responsabilidade e bom humor, com a direção hidráulica do CEO Felipe Braga.
No programa de estreia, pra ficar em um tema atemporal (já que não se sabia quando iria estrear), colocamos à mesa uma piada interna: o Nacional-Broxismo - que raio é isso? Com o que se come? Dá pra gravar em disquete?
Tudo isso e muito mais é discutido entre a panelinha do canal, com os ilustres bacharéis Ariel "Seu" Lima, Thiago Xavier "Poderoso Chofer" e Mestre Palhares.
Ouça e mande suas impressões e sugestões pra debandalarga@gmail.com
Uma area onde dá pra encontrar muito nacional-broxismo é na area de games em português. Tirando raras exceções (tipo o Seu Lima), 98% dos textos fazendo review de brasileiros falando jogos antigos são uma babação de ovo porque o cara fala do cheirinho de bolo que a vó dele fazia, de como era bom ter só a escola coo responsabilidade e o caralho A4 e por isso aquele jogo é mágico e especial.
ResponderExcluirO problema é que isso se faz de todos que são horrendos e dão vontade de você arrancar os olhos com uma colher. Ou seja, o cara é tão broxa que precisa fantasiar que a infancia dele foi uma coisa mágica onde tudo era incrível e colorido mesmo quando foi uma merda onde você só tinha como opção ficar jogando James Pond.
O curioso é que isso é um fenomeno essencialmente brasileiro, os gringos não tem essa necessidade patologica de fantasiar que suas infancias foram vencedoras e incríveis o tempo todo, quando o jogo é ruim eles apenas dizem que é ruim, dão risada e vida que segue (talvez em grande parte pela influencia do sucesso do AVGN, tem isso também). Mas seja qual for o motivo, o ponto é que essa necessidade de passar pano pra sua infancia pra compensar a bostosidade dela é uma tipica atitude nacional-broxista
Cabe um relato pessoal de que, por muitos anos, achei Indiana Jones de Master System um jogo bom, mas justamente porque a época que o joguei foi muito legal da minha infância - só adulto, com ajuda do Seu Lima, que me toquei que ele é ruim e entendi pq é ruim.
ExcluirNão sei dizer dos gringos, mas podemos dizer que nós, brasileiros, somos forçados a acreditar numa série de clichês sobre nós mesmos (tempos antigos sempre bons, infância sempre maravilhosa, povo alegre e pacífico, mães acolhedoras) e, sem exercício de crítica, passamos a defender esses clichês, e outros campos que eles de alguma forma tocam, de maneira cega e burralda.
Muito animador ver gente que fica de cara quente com atitudes como essa... obrigado pela audiência e a participação!